Recomeçar
Restart
E eu sei que assim talvez seja melhor
Mas não espero ver você voltar
E dizer que podemos recomeçar
E as noites que em claro eu passei
Só pra entender ou enxergar onde eu errei
E de nada valeram depois do fim
E hoje sei (eu sei)
REFRÃO:
E hoje sei, sei, sei
Não importa mais
Porque não vai, vai, vai
Voltar atrás
O que restou em mim
E não vou mudar e nem tentar entender
O que aconteceu ou vai acontecer
Nossa história teve um fim
E eu sei que assim talvez seja melhor
Mas não espero ver você voltar
E dizer que podemos recomeçar
E hoje estava pensando em você
Em tudo que eu queria te dizer
Mas não tive coragem de falar
E hoje sei ( sei)
REFRÃO:
E hoje sei, sei, sei
Não importa mais
Porque não vai, vai, vai
Voltar atrás
E o que restou em mim
E não vou mudar e nem tentar entender
O que aconteceu ou vai acontecer
Nossa história teve um fim
E hoje sei (Eu tentei)
E hoje sei, sei, sei (Vou te amar)
E hoje sei (Voltar mais)
E hoje sei, sei, sei
E hoje sei, sei , sei
Não importa mais
Por que não vai voltar
REFRÃO:
E hoje sei, sei , sei
Não importa mais
Por que não vai vai vai
Voltar atrás
E o que restou em mim
E não vou mudar e nem tentar entender
O que aconteceu ou vai acontecer
Nossa história teve um fim
Nossa história teve um fim
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Levo Comigo
Levo Comigo
Restart
E eu quis escrever uma canção
Que pudesse te fazer sentir
Pra mostrar que o meu coração
Ele só bate por ti.
Como uma bela melodia pra dizer
O que eu não consigo explicar
Como uma bela melodia pra você ver
Tudo o que eu queria te falar.
E dizer que é você
Que pode me mudar
Que pode me salvar.
E eu vou te esperar aonde quer que eu vá
Aonde quer que eu vá
Te levo comigo
E eu vou te esperar
Aonde quer que eu vá (x2)
Te levo comigo.
E eu quis escrever uma canção
Que pudesse te fazer sentir
Pra mostrar que o meu coração
Ele só bate por ti.
Como uma bela melodia pra dizer
O que eu não consigo explicar
Como uma bela melodia pra você ver
Tudo o que eu queria te falar.
E dizer que é você
Que pode me mudar
Que pode me salvar.
E eu vou te esperar aonde quer que eu vá
Aonde quer que eu vá
Te levo comigo
E eu vou te esperar
Aonde quer que eu vá (x2)
Te levo comigo.
Mas dessa vez eu já decidi
Quero ver teus olhos ao dizer
Tudo aquilo que eu só consegui
Sentir com você.
E eu vou te esperar aonde que que eu vá
Aonde quer que eu vá te levo comigo
E eu vou te esperar aonde quer que eu vá
Aonde quer que eu vá te levo comigo.
Restart
E eu quis escrever uma canção
Que pudesse te fazer sentir
Pra mostrar que o meu coração
Ele só bate por ti.
Como uma bela melodia pra dizer
O que eu não consigo explicar
Como uma bela melodia pra você ver
Tudo o que eu queria te falar.
E dizer que é você
Que pode me mudar
Que pode me salvar.
E eu vou te esperar aonde quer que eu vá
Aonde quer que eu vá
Te levo comigo
E eu vou te esperar
Aonde quer que eu vá (x2)
Te levo comigo.
E eu quis escrever uma canção
Que pudesse te fazer sentir
Pra mostrar que o meu coração
Ele só bate por ti.
Como uma bela melodia pra dizer
O que eu não consigo explicar
Como uma bela melodia pra você ver
Tudo o que eu queria te falar.
E dizer que é você
Que pode me mudar
Que pode me salvar.
E eu vou te esperar aonde quer que eu vá
Aonde quer que eu vá
Te levo comigo
E eu vou te esperar
Aonde quer que eu vá (x2)
Te levo comigo.
Mas dessa vez eu já decidi
Quero ver teus olhos ao dizer
Tudo aquilo que eu só consegui
Sentir com você.
E eu vou te esperar aonde que que eu vá
Aonde quer que eu vá te levo comigo
E eu vou te esperar aonde quer que eu vá
Aonde quer que eu vá te levo comigo.
Pra você lembrar
Pra Você Lembrar
Restart
Mesmo de longe eu queria te fazer
Sentir tudo o que eu sinto por você
Às vezes queria poder te ter
Às vezes me sinto invisível pra você
E eu vou voar pra algum lugar com você, com você
Pra te encontrar, te dizer
Te ter aqui faz parte do meu jogo
Me faz feliz poder te ver de novo
Vou te mostrar que falta muito pouco
Pra eu olhar no teu olho e dizer: amo você
Todo o meu mundo gira em torno de ti
Achar maneiras para te fazer sorrir
Nem a distância e o medo de perder
Nada vai me fazer te esquecer
Eu vou voar pra algum lugar com você, com você
Pra te encontrar, te dizer
Te ter aqui faz parte do meu jogo
Me faz feliz poder te ver de novo
Vou te mostrar que falta muito pouco
Pra eu olhar no teu olho e dizer: amo você
E se o mundo um dia te virar as costas
Lembra que eu sou feliz só por você existir, só por estar aqui
E se um dia me ver longe demais
Pensa em tudo que eu sou capaz pra te ver sorrir, te ver sorrir
Te ter aqui faz parte do meu jogo
Me faz feliz poder te ver de novo
Vou te mostrar que falta muito pouco
Pra eu olhar no teu olho e dizer: amo você
Amo você...
Restart
Mesmo de longe eu queria te fazer
Sentir tudo o que eu sinto por você
Às vezes queria poder te ter
Às vezes me sinto invisível pra você
E eu vou voar pra algum lugar com você, com você
Pra te encontrar, te dizer
Te ter aqui faz parte do meu jogo
Me faz feliz poder te ver de novo
Vou te mostrar que falta muito pouco
Pra eu olhar no teu olho e dizer: amo você
Todo o meu mundo gira em torno de ti
Achar maneiras para te fazer sorrir
Nem a distância e o medo de perder
Nada vai me fazer te esquecer
Eu vou voar pra algum lugar com você, com você
Pra te encontrar, te dizer
Te ter aqui faz parte do meu jogo
Me faz feliz poder te ver de novo
Vou te mostrar que falta muito pouco
Pra eu olhar no teu olho e dizer: amo você
E se o mundo um dia te virar as costas
Lembra que eu sou feliz só por você existir, só por estar aqui
E se um dia me ver longe demais
Pensa em tudo que eu sou capaz pra te ver sorrir, te ver sorrir
Te ter aqui faz parte do meu jogo
Me faz feliz poder te ver de novo
Vou te mostrar que falta muito pouco
Pra eu olhar no teu olho e dizer: amo você
Amo você...
Nosso Verão
Nosso Verão
Restart
E outra noite que eu digo não,
mas você insiste em me contrariar.
Eu peço, insisto para ir embora,
mas tudo que você faz é voltar.
Nessas madrugadas de calor e amor
me deixam sem saber:
Se eu procuro por diversão
ou se tudo que eu queria posso encontrar em você.
(Refrão)
E é verão,
eu quero festa e diversão, mais..
Queria ver o sol nascer, até o amanhecer (Sempre com você)
Ficar ao teu lado e dizer que, tudo pode ser melhor
se a gente quiser arriscar,
é verão eu vou aproveitar.
Lembra daquela festa, daquele beijo e de toda sensação?
Dos momentos juntos, das brincadeiras e daquele refrão:
que dizia "Tudo vai dar certo"
Nosso futuro não era incerto.
Ouvindo a voz do meu coração, com meu violão eu vou cantar..
Restart
E outra noite que eu digo não,
mas você insiste em me contrariar.
Eu peço, insisto para ir embora,
mas tudo que você faz é voltar.
Nessas madrugadas de calor e amor
me deixam sem saber:
Se eu procuro por diversão
ou se tudo que eu queria posso encontrar em você.
(Refrão)
E é verão,
eu quero festa e diversão, mais..
Queria ver o sol nascer, até o amanhecer (Sempre com você)
Ficar ao teu lado e dizer que, tudo pode ser melhor
se a gente quiser arriscar,
é verão eu vou aproveitar.
Lembra daquela festa, daquele beijo e de toda sensação?
Dos momentos juntos, das brincadeiras e daquele refrão:
que dizia "Tudo vai dar certo"
Nosso futuro não era incerto.
Ouvindo a voz do meu coração, com meu violão eu vou cantar..
terça-feira, 26 de outubro de 2010
8 motivos provam: depois do Restart, o rock jamais será o mesmo
Emo é abreviação de “emotional hardcore”, um estilo marcado por melodias e letras tristonhas, como as que faziam NxZero e Fresno. Seus fãs usavam roupas escuras, cabelos lambidos e mantinham, por honra, um semblante deprê. Como negar tudo isso? Nem acordes poderosos, nem atitude de contestação e rebeldia, como manda o manual do bom roqueiro. O que o Restart fez foi injetar cores vibrantes nas roupas tinindo de novas, contra-atacar com refrões tão melosos quanto um sertanejo universitário e conclamar os princípios da família – é com essa palavra, afinal, que eles se referem a seus fãs.
E dá-lhe fãs. Fazendo até 15 shows por mês, o Restart se tornou em 2010 a grande revelação do - como dizer ? - rock nacional. Prova disso é a leva de cinco prêmios que levou no Vídeo Music Brasil, da MTV – foi o grande vencedor da noite –, e o troféu de Melhor Música por Recomeçar, no Prêmio Multishow. Mais: em agosto, ganhou o disco de ouro (foto abaixo) pela marca de venda de 50.000 cópias do primeiro disco. Neste domingo (24), mais uma conquista: o grupo grava seu primeiro DVD na já tradicional matinê Happy Rock Sunday, realizada aos domingos, com ingressos que chegam a 140 reais.
O Restart até pode fazer música alegre – mas rock é que não faz. Abaixo há oito motivos que provam por que o estilo musical jamais será o mesmo depois deles.
Pior resposta ao emo
O rock sempre alternou movimentos que serviram de resposta um ao outro. O movimento punk, com seus três acordes, respondeu ao esmero do rock progressivo; o new wave, com seus elementos eletrônicos, era uma réplica ao soturno pós-punk. O emo congregou em torno de melodias e letras lamurientas uma horda de adolescentes tristonhos e desiludidos com o amor. O Restart poderia ter respondido a tanto choro com o deboche dos Stones ou a rebeldia dos Ramones. Em vez disso, ofereceu um discurso que nega o rock: a alegria ingênua e passiva.
Paz, amor e “coração de mãozinha”
O rock já mostrou o dedo médio (Johnny Cash), a língua (Rolling Stones), fez chifrinho com a mão (Black Sabbath) e cerrou os punhos (Rage Against The Machine). Todos eloquentes sinais de contestação, rebeldia e provocação. Nos anos 2010, eis que o Restart inventa de se comunicar com seus fãs unindo as duas mãos pelas pontas dos dedos, de modo a formar um “coração de mãozinha”. A plateia vai ao delírio com o gesto, que tem como variação o "coração de braço", feito com dois integrantes, que unem seus braços no símbolo do amor.
Roupas de boy band
Para os padrões familiares, o rock sempre foi feio, sujo ou malvado. A fama vem também da roupa – geralmente, jaqueta de couro, jeans rasgado, coturno militar e correntes pesadas. O Restart, em vez disso, criou a moda de camisetas e calças de cores vibrantes, com jeito de recém-saídas da loja. Bastante apropriadas para uma boy band como a oitentista Menudos – com adição de cabelos de calopsita, assinados por um cabeleireiro da Daslu.
Rocknejo universitário
Há quem veja poesia nas letras de alguns medalhões do rock, como Lou Reed ou Bob Dylan. A verdade é que isso nunca importou tanto. Mas tudo tem limite. Igualar as rimas em sacarose à pobreza das letras dignas de breganejo universitário, pode ser considerado o penúltimo prego no caixão do rock. Restart bate esse martelo com louvor, confira abaixo:
Deixe eu te fazer feliz
Como eu sonhei, como você sempre quis
(Amanhecer no teu Olhar, Restart)
Eu escutei sua voz ao vento
Senti seu cheiro cada vez mais perto
(Sinais, Luan Santana)
Fãs, não: família
‘A família Restart não vai deixar barato!’, bradou uma menina, para em seguida pronunciar uma frase sem pé nem cabeça, por causa de um show da banda que foi cancelado. A presepada virou hit no Youtube. Se não estão unidos por laços de sangue, fãs e membros da banda esbanjam união em frases desconexas, corações de mãozinha e muita, muita alegria. Mas há um problema na gênese da idéia: o rock não é coisa de família – o que se explica a seguir.
Até os pais gostam
Se o seu pai gosta – ou não se preocupa – não pode ser bom. Essa é uma espécie de lei do rock, que tem uma história pautada pela ousadia e pela contestação. De Beatles a Iggy Pop, de The Cure a Sepultura, o estilo musical sempre causou discórdia em casa. Adolescentes de um lado, pais de outro. O rock é contra o sistema, seja ele qual for, inclusive o familiar. Uma família colorida que não se rebela, nem protesta contra nada, e sorri sem economia, é o sonho de todo pai de adolescente. Rock é outra coisa.
Nem songbook, nem edição comemorativa de uma revista especializada no gênero. Ainda neste ano, a banda se lança em um colorido, ingênuo, quiçá fofo, pra lá de careta... Álbum de figurinhas. A capa da publicação avisa com direito a exclamação: “216 cromos supercoloridos!”.
Se não é rock... Será pagode?
Neste vídeo, a banda divide o palco – e um belo de um pagode – com o Exaltasamba.
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
O Cabelo
Os integrantes da banda teen Restart não se cansam de bradar que são felizes – eles fazem, afinal, o happy rock. Suas roupas são multicoloridas, suas poses são bem humoradas, seus cabelos... Bem, seus cabelos não poderiam ser mais alegres. Ao contrário dos tristes emos, que mantinham uma franja lambida escondendo a testa, os garotos do Restart gostam de exibir um corte que mais lembra uma explosão de contentamento: é um fio pra cada lado. Seria tudo culpa de uma tesoura mal afiada ou de mãos mal preparadas? Não mesmo.
A criação tem dono – e o dono tem lucrado com seu feito. “Toda semana, pelo menos quatro garotos de todas as partes do país ligam para saber se aqui é o salão do Restart”, conta o cabeleireiro pernambucano Benedito Araújo, o Araújo Show, proprietário do salão que fica na luxuosa Villa Daslu, em São Paulo. Araújo cuida das madeixas dos integrantes da banda há quase dois anos. O cabeleireiro garante que os meninos já tinham um estilo que só precisou ser lapidado. A influência, diz ele, é o cabelo dos Beatles, o famoso moptop.
Na versão Restart, o resultado é um corte desalinhado e que dá trabalho para manter. “Ele é bastante desfiado e deve ser refeito no máximo a cada dois meses”, explica. Às vezes também é preciso diminuir o volume com uma escova definitiva, ou mudar a cor. Toda essa produção fica entre 200 reais (somente o corte) e 600 reais (com escova e reflexos).
O estudante paulistano João Pedro Ramos, 13 anos, não tem receio de dizer que é fã do Restart e que copiou os meninos. Ele conta que procurou, sim, até encontrar o cabeleireiro da banda. “Eu sempre gostei de ter o cabelo diferente e esse visual é bastante incomum”, diz. E o preço? “A sorte foi que minha mãe não achou caro”.
Para Pe Lu, vocalista e guitarrista da banda, é bom saber que eles são modelo para os garotos mais jovens. “A galera está perdendo a vergonha de ter o cabelo bagunçado, está assumindo o que quer e isso é muito importante nessa fase da vida que é a adolescência”, afirma. “Acho que muitos meninos criaram coragem de ter esse cabelo meio maluco depois que aparecemos assim” afirma o guitarrista Koba.
O cabelo é um componente importante no visual dos músicos. No caso dos Beatles, inclusive. Em sua primeira coletiva na chegada aos Estados Unidos, em fevereiro de 1964, o moptop foi a sensação. “O cabelo de vocês ajuda a cantar?”, questionou um repórter. Outros perguntaram se eles usavam peruca ou se se sentiam como Sansão.
O moptop teria sido ideia da fotógrafa alemã Astrid Kirchherr. Ela conheceu os Beatles antes da fama, no início da década de 1960, em Hamburgo, na Alemanha. Kirchherr, que fez as primeiras fotos da banda, teve um romance com Stu Sutcliffe (morto antes de os Beatles gravarem seu CD de estreia). Ele teria sido o primeiro a mudar o visual, copiado pelos outros.
A historiadora carioca Ana Carlota Vita, autora do livro História da Maquiagem, da Cosmética e do Penteado (editora Anhembi Morumbi), afirma que o moptop remete ao cabelo dos pajens medievais. “O moderno é muitas vezes uma volta ao passado”, diz. A especialista em história da moda reconhece o moptop no cabelo do Restart, mas acredita que o penteado também tem influência dos anos 1980 (os mullets, aquele cabelo mais curto na frente e longo atrás como o do Koba) e dos anos 1970 (os fios arrepiados do Pe Lu, que lembram o visual do Sex Pistols). “Essa combinação de referências resultou em um visual alegre, que se identifica com o estilo musical da banda”, afirma. É, identifica até demais.
A criação tem dono – e o dono tem lucrado com seu feito. “Toda semana, pelo menos quatro garotos de todas as partes do país ligam para saber se aqui é o salão do Restart”, conta o cabeleireiro pernambucano Benedito Araújo, o Araújo Show, proprietário do salão que fica na luxuosa Villa Daslu, em São Paulo. Araújo cuida das madeixas dos integrantes da banda há quase dois anos. O cabeleireiro garante que os meninos já tinham um estilo que só precisou ser lapidado. A influência, diz ele, é o cabelo dos Beatles, o famoso moptop.
Na versão Restart, o resultado é um corte desalinhado e que dá trabalho para manter. “Ele é bastante desfiado e deve ser refeito no máximo a cada dois meses”, explica. Às vezes também é preciso diminuir o volume com uma escova definitiva, ou mudar a cor. Toda essa produção fica entre 200 reais (somente o corte) e 600 reais (com escova e reflexos).
O estudante paulistano João Pedro Ramos, 13 anos, não tem receio de dizer que é fã do Restart e que copiou os meninos. Ele conta que procurou, sim, até encontrar o cabeleireiro da banda. “Eu sempre gostei de ter o cabelo diferente e esse visual é bastante incomum”, diz. E o preço? “A sorte foi que minha mãe não achou caro”.
Para Pe Lu, vocalista e guitarrista da banda, é bom saber que eles são modelo para os garotos mais jovens. “A galera está perdendo a vergonha de ter o cabelo bagunçado, está assumindo o que quer e isso é muito importante nessa fase da vida que é a adolescência”, afirma. “Acho que muitos meninos criaram coragem de ter esse cabelo meio maluco depois que aparecemos assim” afirma o guitarrista Koba.
O cabelo é um componente importante no visual dos músicos. No caso dos Beatles, inclusive. Em sua primeira coletiva na chegada aos Estados Unidos, em fevereiro de 1964, o moptop foi a sensação. “O cabelo de vocês ajuda a cantar?”, questionou um repórter. Outros perguntaram se eles usavam peruca ou se se sentiam como Sansão.
O moptop teria sido ideia da fotógrafa alemã Astrid Kirchherr. Ela conheceu os Beatles antes da fama, no início da década de 1960, em Hamburgo, na Alemanha. Kirchherr, que fez as primeiras fotos da banda, teve um romance com Stu Sutcliffe (morto antes de os Beatles gravarem seu CD de estreia). Ele teria sido o primeiro a mudar o visual, copiado pelos outros.
A historiadora carioca Ana Carlota Vita, autora do livro História da Maquiagem, da Cosmética e do Penteado (editora Anhembi Morumbi), afirma que o moptop remete ao cabelo dos pajens medievais. “O moderno é muitas vezes uma volta ao passado”, diz. A especialista em história da moda reconhece o moptop no cabelo do Restart, mas acredita que o penteado também tem influência dos anos 1980 (os mullets, aquele cabelo mais curto na frente e longo atrás como o do Koba) e dos anos 1970 (os fios arrepiados do Pe Lu, que lembram o visual do Sex Pistols). “Essa combinação de referências resultou em um visual alegre, que se identifica com o estilo musical da banda”, afirma. É, identifica até demais.
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